quarta-feira, 13 de julho de 2011

Respiração Bucal

A respiração bucal, frequentemente, é vista como um fato simples, mas que, a médio ou a longo prazo, poderá acarretar prejuízos, muitas vezes irrecuperáveis, como alterações faciais (musculares e ósseas), principalmente durante a fase de crescimento e alterações do tórax e de postura.
Quando uma criança não pode utilizar a via respiratória nasal, é observado a hipofunção dos músculos elevadores da amandíbula (a criança fica com a boca aberta), lábio superior curto e retraído, face longa, hipotonia dos órgãos fonoarticulatórios (tonus diminuído das bochechas, lábios e língua) e inadequação das posturas orais, acarretando vários problemas como má deglutição, troca de fonemas na fala (troca de letras), alterações odontológicas como palato ogival (céu da boca profundo e estreito), estreitamento maxilar alterações da oclusão dentária.
Algumas características que devem ser observadas nas crianças com respiração bucal: 
 
posturas anormais, não só corporais como também orofaciais;
língua com postura inadequada (muito rebaixada dentro da boca) ou anteriorizada (entre os dentres ou para for a da boca);
olfato prejudicado ocorrendo diminuição gustativa e redução do apetite;
crianças que babam e roncam à noite, muitas vezes acordando com a boca seca;
crianças irritadas por noites mal dormidas, que ficam extremamente hiperativas ou sonolentas, apresentando baixo rendimento escolar;
crianças que não gostam de brincadeiras, como jogar bola, correr, andar de bicicleta, pois isso causa grande esforço físico e as cansam com muita facilidade;
apresentam olheiras;
hipertrofia de gengivas;
nariz sempre obstruído;
assimetrias faciais;
crianças pálidas;
respiração ruidosa;
mastigação ruidosa, de boca aberta, ou de um só lado;
narinas pouco desenvolvidas;
Não necessariamente, uma criança terá todas as alterações acima citadas, mas, é importante que a família esteja atenta para que se possa tratar precocemente.
A criança que apresenta esse tipo de respiração poderá necessitar do acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, como médico, ortodontista e fonoaudiólogo.
Em primeiro lugar, deverá recorrer ao pediatra ou ao otorrinolaringologista para, após, podermos iniciar tratamento fonoaudiológico, o qual constará de treino para a aprendizagem do uso do nariz, promovendo a respiração correta, além de adequar todas as estruturas e funções orofaciais, que ficaram prejudicadas, proporcionando um desenvolvimento harmonioso da face. 


ABC Saúde fonte

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